Os astrônomos afirmam que o Universo está se expandindo a partir de medições da distância das galáxias, que está aumentando. Os cálculos são feitos a partir do desvio para o espectro vermelho dos comprimentos de onda: à medida que as galáxias se afastam, os comprimentos de onda da luz tornam-se maiores e as linhas do espectro se deslocam para a extremidade vermelha. Mesmo sem provas definitivas, a teoria mais aceita é que o cosmos é infinito, pois não conseguimos medir o seu tamanho. Além disso, diz o físico Antonio Kanaan, professor na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), "as evidências da cosmologia observacional nos fazem crer que o Universo é plano, isto é, não tem curvatura" e nem se fecha em uma esfera
Mesmo o Universo abrigando cerca de 10 trilhões de estrelas, calculam os astrônomos, nem todas estão "brilhando" para todas as direções. Muitas não estão lá, tampouco. Segundo medições do telescópio espacial Fermi, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), as primeiras estrelas surgiram cerca de 400 milhões de anos depois do Big Bang, explosão que deu origem ao cosmos há mais de 13,7 bilhões de anos.
E como a luz desses corpos leva um tempo para viajar através do espaço, quando os cientistas apontam seus telescópios, eles correm o risco de não enxergar as estrelas, simplesmente porque elas ainda não evoluíram. Ou seja, eles podem ter vasculhado um pedaço do céu muito longe, sem formação estelar.
Além disso, essas estrelas mais distantes se afastam de nós devido à expansão do Universo, como postula o efeito doppler - o mesmo fenômeno que explica o porquê de o som da sirene ficar mais fraco à medida que a ambulância se afasta.
Isto é, quanto mais longe elas estão de nós, mais rápido elas se afastam, ficando cada vez mais "vermelhas". Ao ponto de, quando estão muito "vermelhas", a luz dessas pioneiras, assim como ocorre com a radiação cósmica que tomou o espaço com o Big Bang, é deslocada para o infravermelho , espectro que não é visível aos olhos humanos. Por isso, apesar de o Universo não feito de trevas, ele aparenta ser uma escuridão sem fim.
Fonte: Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), ESA (Agência Espacial Europeia) e série MinutePhysics, do físico Henry Reich.
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