terça-feira, 29 de outubro de 2013

Astrônomos descobrem novo 'sistema solar' com sete planetas

Imagem: Divulgação
Astrônomos descobriram um raro sistema planetário com um número de planetas que se assemelha ao do nosso Sistema Solar. Dois times diferentes de pesquisadores apontaram para a recente descoberta de um sétimo planeta ao redor da estrela anã KIC 11442793.

O sistema tem similaridades com o nosso Sistema Solar - que tem oito planetas -, mas todos os sete planetas orbitam muito mais próximos de sua estrela, que está localizada a cerca de 2.500 anos-luz da Terra.

O novo 'sistema solar' foi descrito em dois estudos colocados no Arxiv.org, um arquivo eletrônico para artigos científicos que ainda não foram publicados em um periódico cientifico.

Semelhanças

Todos os sete planetas estão bem mais próximo de sua estrela mãe em comparação com as distâncias dos planetas do Sistema Solar. Na verdade, todos caberiam dentro da distância entra a Terra e o Sol - mostrando um espaço bastante "lotado".

"Esta é uma das razões pelas quais eles são fáceis de ver, porque quanto mais perto eles estão de seu sol, mais frequentemente ele giram ao seu redor", disse Simpson.

O novo planeta é o quinto mais distante de sua estrela mãe e leva quase 125 dias para completar uma órbita.

Com um raio 2,8 vezes maior que o da Terra, ele faz parte de um grupo que inclui dois planetas com praticamente o mesmo porte da Terra, três "super-Terras" e dois corpos maiores.

"De certa forma, ele realmente se parece com o nosso Sistema Solar, com todos os pequenos planetas no interior e os grandes planetas na parte de fora. E isso não é necessariamente o que vemos normalmente", disse o coautor Robert Simpson, da Universidade de Oxford.

Acredita-se que outra estrela, a HD 10180, tenha sete ou nove sinais planetários. Um sol distante chamado GJ 887C também pode ter uma família de sete planetas.


Fonte: UOL Notícias: 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Resto de cometa que explodiu há 28 milhões de anos é achado na Terra


Uma equipe de cientistas sul-africanos identificou pela primeira vez vestígios de um cometa que explodiu sobre o Egito ao entrar na atmosfera há 28 milhões de anos, informou a Universidade de Witwatersrand (Wits), em Johanesburgo.

Além de destruir toda forma de vida ao redor da região de impacto, a explosão causou um aumento da temperatura da areia até os 2.000 graus Celsius (°C), o que provocou a formação de uma quantidade impressionante de cristal de silício amarelo, disperso em 6.000 quilômetros quadrados pelo Saara, destacou a instituição.

Graças ao estudo de uma pedrinha preta misteriosa, encontrada em 1996 por um geólogo egípcio no interior de um pedaço de cristal de silício, a equipe de cientistas de Wits está convencida de ter encontrado "o primeiro exemplar conhecido do núcleo de um cometa, e não só um tipo pouco comum de meteorito".

Trata-se da "primeira prova de um cometa que entrou na atmosfera terrestre e explodiu", destacou a Universidade, indicando que a pedrinha de 30 gramas tinha um "componente extraterrestre".

"Contém 65% de carbono, enquanto os meteoritos contêm apenas 3% de carbono", explicou o catedrático Jan Krammers, do departamento de Geologia da Universidade de Wits.

A explosão também deu origem a diamantes microscópicos. Os diamantes se formam quando o carbono é submetido a temperatura e pressão extremas.

Os cometas, que são bolas de gelo misturadas com poeira cósmica, "visitam sempre nossos céus", explicou o professor David Block, citado no comunicado de Wits, onde chefia o laboratório de poeira cósmica. Mas nunca antes na história "tinha sido encontrado um cometa sobre a Terra".

Até o momento só tinha sido identificada poeira rica em carbono no gelo do Ártico ou partículas de poeira microscópicas na alta atmosfera. 

"A Nasa [Agência Espacial Norte-American] e a ESA [Agência Espacial Europeia] gastaram bilhões de dólares para recolher alguns miligramas de material de cometa na Terra e agora temos um enfoque novo (...) para estudar este material sem gastar bilhões de dólares para buscá-lo", ironizou Kramers.

"Os cometas contêm a chave que permite compreender a formação do nosso Sistema Solar, e esta descoberta nos oferece uma ocasião sem precedentes para estudar o material dos cometas de primeira mão", destacou Block.

Fonte: UOL Notícias
Imagem: Divulgação.