Neste
mês de fevereiro teremos a oportunidade de visualizar dois eclipses.
No dia 10, sexta-feira, um eclipse penumbral da Lua e no dia 26,
domingo de carnaval, um eclipse parcial do Sol.
Eclipses
lunares ocorrem na Lua cheia, quando a Terra se coloca entre o Sol e
a Lua iluminada. O eclipse lunar é total quando a Lua penetra
inteiramente no cone de sombra (também chamado cone umbral) da
Terra. Mas o cone umbral é concentricamente circundado pelo cone de
penumbra (onde temos um tênue escurecimento do disco lunar). Assim,
um eclipse lunar envolve um período de tempo em que a Lua está na
penumbra e outro em que ela está na umbra. A fase mais interessante
do fenômeno acontece quando a Lua está parcial ou totalmente dentro
do cone umbral, visto que o obscurecimento da Lua pela penumbra é
praticamente imperceptível. A Lua totalmente eclipsada assume
diferentes tons laranja-avermelhados, devido ao espalhamento da luz
solar, que atravessa a atmosfera terrestre.
O
eclipse lunar que teremos neste mês será penumbral, ou seja, a Lua
passará apenas pelo cone de penumbra. Desta forma, perceberemos um
tênue escurecimento na parte do disco lunar mais próxima do cone
umbral. Binóculos de pequeno aumento auxiliam na visualização.
Também o uso de câmeras digitais pode ajudar na percepção e
registro do fenômeno.
astro.if.ufrgs.br
misteriosdouniverso.net
Nesta
noite, a Lua entrará no cone de penumbra por volta das 20h30min,
logo após o nascer da Lua cheia, no horizonte leste. Entretanto, com
o escurecimento da Lua num eclipse penumbral é muito tênue, a
percepção visual se dará cerca de meia hora antes a meia hora após
o horário do máximo eclipse, por volta das 22h45min. Desta forma, o
melhor período para se perceber o escurecimento será das 22h15min
às 23h15min.
Eclipses
lunares são relativamente frequentes. Mais raros são os eclipses
solares. E nesse mês de fevereiro seremos brindados com a
possibilidade de visualizar um eclipse solar.
Os
eclipses solares ocorrem quando a Lua nova se coloca entre a Terra e
o Sol, produzindo uma sombra de cerca de 250 km de diâmetro que se
desloca rapidamente sobre a superfície da Terra. Portanto um eclipse
solar total só é visível, se o clima permitir, em uma estreita
faixa sobre a Terra, chamada de caminho do eclipse. Em uma região de
aproximadamente 3000 km de cada lado do caminho do eclipse, ocorre um
eclipse parcial.
Se o
disco inteiro do Sol está atrás da Lua, o eclipse é total. Caso
contrário, é parcial. Se a Lua está próxima de seu apogeu (ponto
mais distante de sua órbita), o diâmetro da Lua é menor que o do
Sol, e ocorre um eclipse anular.
O
eclipse do próximo domingo de carnaval é anular, ou seja, a Lua se
colocará exatamente na frente do Sol e, estando com seu diâmetro
aparente menor do que o do Sol, não o cobrirá totalmente, deixando
passar um anel de luz ao seu redor. Entretanto, essa condição de
visibilidade se dará apenas em regiões da Argentina, Chile e
Angola, países onde passará o cone de sombra.
No
Brasil e, em especial em Chapecó, veremos um eclipse parcial do Sol.
A Lua cobrirá cerca de 55% do disco do Sol. Fenômeno deste tipo foi
visto na nossa região pela última vez em 2007 e teremos uma nova
oportunidade em 2020.
g1.globo.com
No
próximo dia 26, domingo de carnaval, o disco da Lua começará a
entrar na frente do disco do Sol por volta das 9h45min. O ponto
máximo do eclipse será às 11h10min. O disco da Lua sairá
totalmente da frente do disco do Sol por volta das 12h40min.
Preparem-se
para ver esse belo fenômeno! Num eclipse parcial do Sol não temos o
escurecimento do Sol que teríamos se fosse um eclipse total. Desta
forma, muitas pessoas podem nem perceber que um fenômeno raro está
em andamento. Entretanto, nunca olhe para o Sol diretamente sem uma
proteção para os olhos. Um vidro de máscara de solda é uma boa
alternativa. Não use óculos escuros, papel laminado, filmes antigos
de fotografia ou chapas de raios X, pois esses materiais não filtram
as radiações nocivas aos nossos olhos.
Nunca
olhe o Sol diretamente através de um binóculo ou telescópio. É
necessário usar um filtro especial para utilizar esses instrumentos.
Caso não possua o filtro solar para instrumentos óticos, uma
alternativa é fazer uma observação indireta, através da projeção
da imagem em um anteparo.
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